e depois... depois ela tenta manter-se calma por mais que queira explodir, procura respirar fundo por mais que sinta o sangue gelar-lhe nas veias, ela aguarda que tudo passe, por mais que isso a tenha magoado e despertado nela uma insólita energia que a fazia querer gritar. nesse dia tudo a fazia chorar, acordar do sonho e mergulhar num mundo diferente que tinha feito com que aquele sentimento surgisse, seria desespero ou antes desilusão? ela percebeu que o mundo destrói as almas mais delicadas. compreendeu que por mais que se dedicasse menos valor lhe era dado, menos importante ela era. entendeu que tanto fez e que nenhuma importância isso teve. ela sabia a mulher que era. alguém forte e determinada embora às vezes mostrasse o seu lado mais frágil, uma mulher que nunca tinha tentado ser uma princesa mas que apenas se tinha esforçado por ser ela mesma, uma mulher que sabia que no seu interior habitava uma criança feliz e muitas das vezes teimosa, mas ela não queria de todo que essa parte dela desaparecesse e sobretudo descobriu que não sabia viver pela metade. sempre seria ela mesma, nunca perfeita. mas precisava de alguém que quisesse ficar com ela vivendo perfeitamente com as suas imperfeições. será que já tinha encontrado? ela acredita que sim.