'As palavras são como os meus passos, cada frase será como uma pedra que deixo atrás de mim para não me perder no regresso.'

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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

a dream

torna-se difícil a precessão do passado tanto tempo depois. é verdade, as coisas começaram finalmente a encaixar-se, diria até que cada vez mais fazem sentido para mim. antes não entendia bem o que se passava, se era tudo puramente verdadeiro, ou seria apenas a minha imaginação. no entanto, com o passar do tempo comecei a compreender melhor, percebi que na realidade aquilo que poderia ter um dia sido um sonho, se podia vir ainda a realizar. medo? sim, senti. fechei os olhos e atrevi-me a dar o passo em frente. deixei-me levar pelo desconhecido, senti-me frágil e desamparada. os meus joelhos cederam e eu caí a teus pés. pegas-te em mim, levantaste-me e os teus olhos cruzaram-se com os meus. olhei para ti e de repente percebi que não conseguiria mais esconder, não valia a pena esperar; fingir que não tinha acabado de dar a entender o que sentia. o receio aumentou à medida que desviavas o olhar e te aproximavas. instintivamente fechei os olhos, senti os teus lábios tocarem nos meus e acordei. acabei por entender que aquilo que se tinha passado, aquilo que desejava desde o início tinha acabado por acontecer. não, não era um sonho. a mais pura realidade é que quando abri os olhos estavas lá, ao meu lado, comigo, perto de mim; a sorrir.

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Eu deixei cair o meu coração,
E enquanto ele caía, tu surgis-te para reivindicá-lo.
Estava escuro e eu estava farta,
Até que beijas-te os meus lábios e me salvas-te.
As minhas mãos, eram fortes, mas meus joelhos eram muito fracos,
Para permanecer nos teus braços sem cair aos teus pés,
Mas há um lado, em ti, que eu nunca conheci.
Todas as coisas que disseste, nunca foram verdade.
E os jogos que jogavas, sempre ganhavas.
(...)
Quando me deito, contigo, eu podia ficar lá,
Fechar os meus olhos, sentir-te aqui para sempre,
Tu e eu juntos, nada é melhor!
Porque existe um lado, em ti, que eu nunca conheci.
Todas as coisas que disseste, nunca foram verdade,
E os jogos que jogavas, você sempre ganhavas.'                                                                  (Adele)

domingo, 27 de novembro de 2011

fusion

se durante uma série de dias pensei que fosses apenas algo passageiro, rápido, sem importância; hoje penso de forma diferente. aliás, de forma completamente diferente. chegas-te de uma maneira inesperada, como um desconhecido que em breve partiria, pensei. mas na verdade resolves-te ficar. cumpris-te a promessa sem mesmo a teres feito. olhaste-me e consegui perceber por fim o que se passava. o porquê de me arrepiar quando me tocavas; o porquê de sempre que me olhavas me sentir corar; a razão pela qual quando me beijavas tudo à minha volta desaparecer e sermos só nós dois. é incrível quando tudo se transforma e de repente me apercebo de que aquilo que menos achava provável, mas no fundo que mais desejava, acabasse por acontecer. agora sim, como uma plena fusão de dois seres extremamente incompatíveis embora isso não signifique nada pois, mesmo assim, uniram-se num só.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

a reason

remar, para longe. um lugar mais distante onde as coisas insólitas se transformam em coisas simples, comuns; em coisas banais. encontro-me dispersa em sítio algum, onde as incertezas dão lugar a certezas que de tão profundas chegam a tornar-se ridículas. viajo, justamente aí tão perto; exatamente pelo mesmo motivo que me recusei a ir. descobri um atalho, uma marca do passado que me tinha feito desistir até então. mas voltei; percebi que de nada valia a pena fugir. que mesmo resignada no meu canto, de maneira forçada e imatura, as recordações, as lembranças iriam voltar. iriam renascer e ficar mais quentes neste inverno solitário e desigual. se desisti? não! de nada me valia. se me arrependo? nunca! por mais hipóteses que possa colocar e sonhos que pudesse ter; agora sei que recebi bem mais do que pedi, do que sonhei: tu.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

more than ever


outra vez, depois de tanto tempo. outra vez, sem entender o motivo pelo qual ainda existiam qualquer tipo de duvidas, em vez de existir uma confiança excessiva como agora está presente em mim. não esperei mais que entendessem, que olhassem à volta e vissem qual era a minha posição. tomei partido da opinião de muitos, ainda que agora não queira saber dessas opiniões para nada. via cada parte de nós como momentos passados juntos; agora vejo cada uma dessas partes como uma história. uma história a dois. e a única diferença que existe é que as histórias têm um final, feliz ou não. mas nós, mesmo com diferenças e problemas, não temos. pelo menos não quero que ele, algum dia venha a existir. nada no mundo nos faz perder, nos ilude. a tua voz, o teu sorriso deixaram de ser algo a que me tinha habituado, para ser uma novidade. diferente a cada movimento e toque. sinceramente, nunca tinha acreditado que um dia pudesse conseguir ter algo, um sentimento assim. ser mais do que paixão. ser cumplicidade, ser felicidade, ser amor. mesmo sem te tocar sinto-me perdida. há momentos que sonho viver, só contigo é que eles se podem concretizar. só ao teu lado é que ainda me sinto viva, feliz, completamente feliz. por mais que ainda pense que me andava a iludir vejo isso de maneira impossível, pois os sentimentos continuam a crescer e eu não vejo outro final que não seja estar ao pé de ti, ser parte de ti. já me habituei de tal modo, a ti, ao teu olhar, ao conforto que sinto que não consigo ponderar sequer a hipótese de te vir a perder. apenas o pequeno gesto de te tocar, de te abraçar é tão verdadeiro, tão puro. vejo-te como alguém inacreditável, com quem posso partilhar tudo. cada segundo que passa, o que sinto se torna ainda mais vivo e acredita, tens sido mais do que algumas vez podia imaginar. tenho a certeza, mais do que nunca, mais do que alguma vez tive, eu amo-te <3