remind

hoje, talvez tenha sido hoje a minha vez. ao olhar através da janela do carro vi a lua e lembrei-me de ti. mas já nem são tantas as coisas que me recordam de ti; talvez porque eu não deixe e me obrigue a mim mesma a esquecer ou mesmo até porque não queira. para ser sincera, acho que ambos sabemos que passe o tempo que passar, ninguém vai atrás de ninguém, que o nosso tempo já foi. ficam as saudades amparadas nas arestas polidas da minha memória.
ainda há muito que te poderia dizer, que te quero dizer; há coisas que só tu compreendes. sabes que eu nunca soube lidar com mudanças, muito menos aquelas repentinas e vorazes, mas por muito difíceis que tenham sido os meus dias, tenho sabido reinventar-me. quando tudo falha, conto até três e recomeço. motivos, razões maneiras e formas de continuar.
e vai haver sempre uma parte em mim que - contra todas as expectativas e rejeitando toda a lógica - vai ficar à tua espera, a lembrar-se de ti, a rever-te e a evocar-te em mim. agora, tenho medo, e de resto sou apenas terminações nervosas condenadas e extasiadas pela certeza plena da sua liberdade, da minha liberdade, da nossa liberdade.

learn...

“Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queira muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer.”