'As palavras são como os meus passos, cada frase será como uma pedra que deixo atrás de mim para não me perder no regresso.'

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

please

i miss the old you and i will explode away from your love. so please, come back!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

fire

esta falta de ti, que outrora não sentia, acaba por me consumir lentamente. deixando-me sem chão, perdida. foi um risco tudo o que vivemos ainda que eu o tenha resolvido tomar por uma vitória. não me quero ver à beira de perder a cabeça, acabando frágilmente por concretizar o inevitável destino escolhido para nós. agora vou onde eu quiser, faço o que preferir, sem problemas nem repreensões; sem argumentos dissolvidos à tona, ou duvidas esquecidas. arranquei-te de mim, ainda que sem escrúpulos, sentimentos ou perdão. livrei-me do que mais desejava, como um louco deita fora a oportunidade da sua vida. a parte de mim que constituía o amor que por ti sentia incendiou-se. ardeu. e agora jaze, reduzida a cinzas.

visions

cheguei a uma conclusão, que de facto parece estranha e avassaladora; nunca mais encontrarei alguém como tu. nem longe nem perto do sentimento que nos envolvia. acreditava que nada poderia ser falível, nada estragaria ou poria fim a tudo. hoje sei, tentando viver assim, metade viva; correndo para longe disto, das nuvens que embaciam o meu caminho, a minha fuga, tornando tudo tão negro, tão mais difícil. tomara a mim esquecer tudo, apesar de ser tão terrível mas inevitável passar uma borracha por cima de tudo dado que tal se tem tornado impossível na minha vida. tenho medo até, medo de me esquecer da tua cara. sempre que penso em ti, procura afastá-la de mim. embora a verdade é que um mar de sonhos me tem abalado todas as noites. sinto nesses sonhos uma presença. sei que é a tua, mas (apesar de sem saber porquê) a tua face não aparece, apresenta-se distorcida e irreconhecível. quando tento perceber quem é o vulto que me mantêm estagnada, presa à sua imagem que não anda mas paira, desliza lentamente para longe, distante de mim até se tornar imperceptível, ele desaparece. desliza para longe como tu foges de mim, de nós. dos motivos pelos quais ainda te vejo e recordo, naqueles que tu ainda consideras: os meus sonhos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

destruction

sim. nos últimos dias tem residido na minha cabeça um sentimento de culpa, uma vontade imensa de expulsar a verdade, de relembrar cada momento, cada minuto. tudo pode simplesmente resumir-se a um ódio hidratado que já não deixa cair as lágrimas através do meu rosto; que me proíbe de avançar, prendendo-me no vazio e deixando-me ali caída, suspensa no meio de um tudo que já não significa nada. estava prestes a aperceber-mede qual seria a melhor escolha para mim e é então que decido, assim como que instantaneamente, de uma maneira quase mecânica; acabando por se tornar estúpida e não subtil e ingénua como deveria parecer. escolhi acabar com tudo. terminámos num nada, depois de um tanto! agora, uma mágoa pura reside em mim, este sentimento inacabado esta dor persistente que perdura e nunca vai embora. claro, pareço bem. à alturas em que acabo por me surpreender, pergunto-me como será possível esquecer tudo tão depressa; deixar de pensar, de chorar por algo que continua a valer a pena... se a dor amenizou? se passou tudo? se aceito o facto de me teres roubado o mundo? se me sinto bem? se estou pronta para segui em frente? não, claro que não. apenas guardei tudo, toda a dor, todas as lágrimas e todo o amor que ainda sinto, num cantinho bem junto do meu coração. e se alguém algum dia lá chegar, tudo o que sou se vai perder novamente, num reencontro. não de amor. no reencontro de um olhar, um olhar mais profundo, um olhar que não é nosso. um diferente, transformado, talvez até melhor.