'As palavras são como os meus passos, cada frase será como uma pedra que deixo atrás de mim para não me perder no regresso.'

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sábado, 30 de junho de 2012

tears

há dias assim, em que te sentes vazia por dentro; mesmo que queiras muito levantar-te, por mais que ordenes isso a ti mesma o teu corpo não cede. tal como eu hoje não cedi. passei a noite anterior ás voltas na cama e hoje ainda nem me deitei. é claro que tenho a certeza do que quero, acho que nunca estive tão certa de algo como tenho estados nestas últimas semanas. mas os problemas aparecem, sem serem convidados e sem se limitarem a avisar, mas pior é o facto de surgirem quase todos os dias e fugirem mesmo antes de os conseguir resolver. nunca fui de deixar as coisas pela metade, gosto de esclarecer as coisas aos outros, mas primeiro tenho a necessidade de me esclarecer a mim própria. a minha cabeça sempre divagou demasiado em pensamentos e são eles que de alguma forma têm dado sentido à minha vida; talvez por pensar demasiado e congestionar a minha mente em função de ideias e dúvidas, não tenha feito as escolhas mais acertadas. acho que a melhor decisão que tomei até agora foi essa mesmo, ter-te escolhido a ti, sem arrependimentos, sem senãos. mas tenta entender, por vezes custa, por vezes dói, demasiado para tentar esconder seja o que for e mesmo que tente, as lágrimas rolam pela minha face sem pedir permissão. não sou de ferro, não aguento tudo; por mais feliz que esteja há alturas em que me sinto como que a explodir por dentro e tenho necessidade de me libertar desses pensamentos que me aprisionam. sim, hoje deparei-me com esta situação. estava sentada, com os cotovelos nos joelhos e as mãos no queixo a vaguear por caminhos passados, olhei para a rua e chovia, lágrimas como aquelas que rolavam pelo meu rosto. senti-me presa, tanta gente a passar naquele comprido corredor, tanta gente a olhar para mim, a observar cada gota de água que brotava dos meus olhos; só pedia que olhassem para o céu e vissem antes a chuva cair, sem que eu tivesse caído primeiro. contudo, depois de reflectir, como habitual, parei e resolvi abrir o jogo, deparei-me comigo mesma a pensar: 'para quê esconder, se até os deuses choram hoje, porque raio hei-de eu levantar-me daqui?'.

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