'As palavras são como os meus passos, cada frase será como uma pedra que deixo atrás de mim para não me perder no regresso.'
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sexta-feira, 13 de setembro de 2013
part of me
love bug
e depois... ela volta para trás, decidira que era tudo forte de mais para ser terminado e não seria ela a virar as costas a algo assim, não. ela esperaria, e até lá, iria à procura de um refúgio para lá permanecer guardada, como uma carta fechada numa gaveta velha e com pó. ela sabia, ela sabia que se tinha entregado de mais, que tinha dado demasiado de si e agora aquele bichinho consumia-a por dentro. sim, a culpa era dela; ela tinha deixado o bichinho entrar sem se defender, sentiu-o trepar por ela acima - era como se ele já conhecesse o caminho - e instalar-se bem aconchegado na curvatura côncava algures situada na sua coluna vertebral, controlando lhe movimentos, reações, tudo o que fazia parte do seu ser. ela recebera-o calorosamente, deixara-o tomar conta de si mesma e fundir-se nela, e ela em mim. não derivo de nada, nem nada deriva de mim; mas alguém me originou e eu origino agora este âmago sôfrego onde ele se acomoda. reconheço a sua ágil capacidade de sobreviver sem mim, mas eu não sobrevivo sem ele. nada mais faria sentido em mim senão a cor do trilho que ele segue, e até essa se altera e desvanece com a persistência do meu olhar. agora... a pequena criatura conhece-me melhor do que seria saudável para mim, talvez. entrega-se a mim e eu concebo-a em toda a sua plenitude - eu nem sequer tinha outra alternativa - então, a ela me entrego na qualidade de alguém amargurado. a exclusiva e única qualidade que lhe reservo é a que diariamente me assola; cumprimento-a todos os dias sem que dela me despeça quando o astro se dedica ao seu devido descanso. não derivo de nada, mas ela deriva de mim, da melancolia crónica que sinto; deriva sem autorização, sem que eu lhe permita derivar, o que não impede que o faça na perfeição. sim, deixei o bichinho entrar, a mossa que fez está demarcada e a ferida ainda por sarar e senti um desejo incessante de poder vê-lo. apercebi-me então que existe para além do que vejo e ainda assim não vejo para além do que existe. quis saber como poderia então vê-lo para poder terminar com a melancolia crónica e permanente que sentia dentro de mim mas, tantos dias, tantas memórias, tantas tentativas e perguntas e sempre a mesma resposta: o silêncio.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
desejava pois... sem pensar talvez, mas ainda assim continuava a desejar; pelo menos que fossem os tempos do passado tão bons como os de agora e fossem os de agora tão bons como os do passado. por muitas horas que passe ao teu lado nada substituirá os minutos que perdi a olhar para ti, observando o teu rosto e os teus gestos, estudando cada movimento teu, com medo que o dia em que me dissesses 'adeus' se aproximasse sem eu esperar e assim guardava freneticamente todas estas memórias para que quando ele chegasse me pudesse lembrar inconfundivelmente de ti. estranho não é? como as coisas mudam tão rápido mesmo sem estares à espera? sim, mas eu esperei, talvez fosse esse mesmo o erro. às vezes sinto aquela vontade estranha e ameaçadora de encontrar um lugar onde me pudesse refugiar, as emoções não existissem e onde conseguisse enfim cessar de existir; pelo menos um lugar onde fosse capaz de libertar este receio inconsciente que vive dentro de mim e me revolta fazendo com que tudo à minha volta colapse. porque pareces não perceber o que te digo sem palavras? porque não fazes nem um esforço para tentar sentir o que eu sinto? sinto-me como se estivesse permanentemente do lado errado da estrada, e mesmo que a queira atravessar há um trânsito incessante que me prende ali. só gostava de poder demonstrar-te tudo o que sinto, mas não consigo, pois eu amo com os olhos mas não sei traduzir em palavras, por isso pára amor e olha agora também para mim.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
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domingo, 17 de março de 2013
fall
naquela altura senti todos os sentimentos colapsarem dentro de mim. a brevidade com que tanto se transforma em nada, a forma e intensidade com que dizias e me fazias sentir, tudo esgotou-se dentro de ti. já não sei se sou eu ou o mundo à tua volta que te faz ser assim. já não sei o que fazer ou dizer para que te coloques no meu lugar e sintas esta dor imensa que percorre o meu corpo e me fere o coração. ele já nem sente, já não sabe o que é sorrir ou mesmo ter vontade o fazer. o vazio tomou conta de mim e a forma como o teu amor despertava em mim um sentimento mágico... que saudades que tenho de o sentir. deixaste-me cair sem correres para me apanhar e agora eu vou ficar aqui sem querer mais que me apanhes. significas para mim um mundo diferente, mas só tu é que não o queres ver.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
and then
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
change
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
excuses
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